Para quem achava que o OnLife representava uma tentative absurd e isolada, eis uma novidade. Além dos Gaikai, o service deve ganhar agora mais um concorrente. Trata-se do OTOY. A premissa é a mesma, é claro: tornar aquele seu velho computador capaz de rodar qualquer jogo, por mais pesados que seja, sem suar a placa mãe, o que é feito através da chamada computação em nuvem.
Tudo bem, até aí, nenhuma novidade. O que realmente impression é o parceiro do OTOY nessa empreitada: a fabricante de hardware AMD. Como assim, então um fabricante de hardware estaria interessado em tornar obsolete a necessidade de se montar supermáquinas em casa? Bem, aparentemente, sim. Entrtanto, é só pensar: se não está na sua casa, em algum lugar deve estar essa supermáquina. Exatamente. Para entregar os jogos previamente processados ao seu computador — que passa a ser apenas um terminal de recepção, quase uma TV —, a OTOY fará uso de máquinas denominadas Fusion Render Cloud Servers (FRC) da AMD (é claro). Cada uma delas terá 128 servidores, 500 chips gráficos Cypress (série 5000) e 250 microprocessadores Opteron Magny Cours — de oito a 12 processadores.
Em teoria, cada um desses supercomputadores seria capaz de suportar até três mil jogadores utilizando alta definição, e 12 mil em definição normal. Só que a empreitada não deve focar apenas nos games. O service pretende ainda oferecer filmes, programas e, de forma geral, aplicações que demandem muito poder de processamento. Também sera um cosmopolita compatível com PC, Mac, Linux, Android, Windows Mobile, iPhone, iPad e top box baseados em chips ARM.
Segundo o diretor de midia digital da AMD, Charlie Boswell, “o FRC [Fusion Render Cloud Servers] está preparado para ajudar a iniciar a próxima revolução na computação em nuvem, ao possibilitar a renderização no lado do servidor de conteúdo HD totalmente interativo”. Enfim, talvez seja a hora de você repensar a compra daquele seu supercomputador para jogos.
